1) Antes de mais nada, vale explicar que uma DÍVIDA PÚBLICA nada mais é do que uma SOMA DE DINHEIRO que o GOVERNO FEDERAL toma emprestado, e pela qual ele se torna obrigado a devolver o montante no futuro com JUROS.
fiscaldata.treasury.gov/americas-finance-guide/national-debt/
2) Esse dinheiro é TOMADO EMPRESTADO através da venda de TÍTULOS DE DÍVIDA, onde INVESTIDORES compram o título do governo no presente a fim de resgatar os valores com juros no futuro; algo similar ao que temos no Brasil na forma do TESOURO DIRETO.
educba.com/treasury-note/
4) Governos recorrem a esse mecanismo quando não são capazes de pagar os seus próprios custos apenas com recolhimento de taxas e negociações de importação/exportação.
5) O problema com isso é cada vez que o GOVERNO SE ENDIVIDA, ele TEM QUE PAGAR MAIS JUROS NO FUTURO. E se ele já opera no prejuízo, então o único jeito de pagar os JUROS DA DÍVIDA ATUAL, é EMITIR MAIS TÍTULOS DE DÍVIDA e empurrar o problema para o futuro!
pennlive.com/opinion/2018/05/are_we_trapped_in_a_debt_spira.html
6) Hoje, a DÍVIDA PÚBLICA que o governo dos EUA tem que pagar até o futuro é de assustadores 31 TRILHÕES DE DÓLARES, o máximo histórico já registrado, e cujo aumento INDEPENDE da ala ideológica do governo que está no poder.
7) Entra em cena o TETO DA DÍVIDA pública, que é uma limitação legisltiva que limita a capacidade do governo de se endividar.
Não por acaso, todo o alvoroço que estamos vendo ocorre porque a dívida atual de 31 trilhões está batendo neste limite!
8) Isso quer dizer que como os EUA não conseguem gerar superávit o suficiente para pagar essa dívida, eles ficam com duas opções:
A) DAR CALOTE nos detentores atuais da dívida pública.
B) AUMENTAR O TETO DA DÍVIDA para gerar mais dívidas no futuro a fim de pagar a dívida atual.
9) Eu comentei o assunto no dia 1º de Maio, quando as primeiras notícias começaram a circular, indicando que não havia outra saída para o governo norte-americano a não ser aumentar o teto da dívida.
twitter.com/castacrypto/status/1653139709277642770
10) Acredito nisso porque enquanto a hegemonia do dólar está ameaçada pelos avanços de novos acordos comerciais e monetários entre China a e os BRICS, um calote do dólar só reforçaria a narrativa da necessidade de uma alternativa ao dólar como moeda internacional soberana.
11) O efeito colateral é que os EUA continuarão se afundando em uma espiral infinita de débito, onde cada vez mais débito deverá ser criado, para pagar os juros dos débitos que já existem.
jameslavish.substack.com/p/-whats-a-debt-spiral-and-is-the-us
12) Em última instância, isso reforça a tese de Ray Dalio sobre o FIM DAS NAÇÕES, onde a insolvência dos EUA é um dos sinais do seu invevitável declínio.
Eu tenho abordado esse assunto em alguns vídeos bem legais, segue para quem quiser conferir!
web.castacrypto.com/queda-do-dolar
13) E finalmente, gostaria de saber se vocês acham que vale um vídeo específico sobre esse assunto, explicando como funciona o sistema de DÍVIDA PÚBLICA e a relação dela com a IMPESSORA DE DINHEIRO DOS EUA e os crashes de 2008 (subprime) e 2019 (covid).
Bons Ventos!